sábado, 6 de dezembro de 2008

Patrimônio Histórico: Nosso passado, nossa história
Por
Clara Neckel Kupka[1]
Hannane Katty Frigotto Cherif
Ingrid Muller Kuntz Moresco
Lucas Selézio de Souza
Thais de Oliveira Ferreira



Dando sequência a discussão sobre a socialização da pesquisa, enquanto etapa de fundamental importância na conclcusão de um trabalho científico, apresentamos o vídeo "Patrimônio Histórico: Nosso passado, nossa história". O Grupo de Trabalho composto por estudantes da 8a. série B, desenvolveu uma reflexão dentro da linha de pesquisa "Patrimônio Histórico: Memória, Preservação, Cultura e Arte.




Envolvidos com muita seriedade no desenvolvimento do projeto de pesquisa, apresentam neste vídeo uma reflexão centrada na necessidade de preservação dos patrimônios históricos. Discutem a temática, dando enfoque para a preservação da memória como possibilidade de resgate de elementos da identidade política e cultural de nosso país.


Dividido em duas partes, na primeira concentram os elementos da pesquisa, refletindo sobre as condições de presevervação dos patrimônios históricos em algumas cidades históricas de Minas Gerais. Na segunda parte, um pouco descontraída, o grupo se apresenta e nos possibilita, através da imagem, conhecer um pouco mais do universo da pesquisa.




[1] Estudantes da 8ª série B, 2008, do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina.

domingo, 23 de novembro de 2008

É Tempo de Socializar a Pesquisa
Coordenação do Projeto
Vamos retomar o debate em torno da necessidade de discutirmos a importância de preparação os estudante para a apresentação da pesquisa. O desafio do ato de pesquisar e de construir um produto final, com reflexões em torno de perguntas elaboradas para entender a dinâmica de uma determinada problemática, se completa quando oportunizamos o momento do debate ou mesmo da mostra de resultados. No dia 13 de novembro, os estudantes das oitavas séries reunidos no auditório, apresentaram a produção audiovisual de responsabilidade dos respectivos grupos de trabalho (GTs). Como já mencionamos em postagens anteriores, as apresentações constituem resultado de pesquisa de campo realizada nas cidades histórias de Minas Gerais. A problematização proposta gerou questões voltadas a compreensão da dinâmica do Brasil colonial no século XVIII, e seus desdobramentos atuais. Os eixos de pesquisa propostos foram:


Eixo 1: Cotidiano: costumes, conflitos, relações sociais e personagens







Eixo 2: Patrimônio Histórico: memória, preservação, cultura e arte


Eixo 3: Cotidiano: costumes, conflitos, relações sociais, personagens
















domingo, 26 de outubro de 2008

Compromisso com a Socialização da Pesquisa
Coordenação do Projeto




O trabalho pedagógico proposto pela Iniciação Científica Júnior - ICJr, além de preocupar-se com a formação do jovem pesquisador, no que se refere a construção de projetos de pesquisa, onde há a delimitação do trabalho a ser feito, deve apontar também para a preocupação com a socialização do processo e seus resultados. Desde cedo é importante que os estudantes da ICJr entendam a construção do conhecimento em suas várias fases.

Durante a 7ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Santa Catarina - SEPEX, que tem como objetivo a divulgação de trabalhos de laboratórios e grupos de diversas áreas da Universidade, realizada no período de 22 a 25 de outubro, os estudantes do Colégio de Aplicação participaram com seus trabalhos, na forma de Banner:







Os trabalhos expostos resultaram das atividades desenvolvidas durante o primeiro semestre, onde discutimos a questão da problemática da posse da terra no Brasil.


















O espaço dado durante a 7ª SEPEX aos trabalhos de ICJr, realizados no Colégio de Aplicação, fortalece a proposta de formação pela pesquisa, bem como constitui estímulo aos jovens pesquisadores na sua caminhada pela estrada do conhecimento.


Nem sempre dispomos em nossas escolas e/ou localidades, de eventos desta natureza para que possamos divulgar os trabalhos dos estudantes. Podemos nos valer de criatividade e promover na Escola ou em outros ambientes do entorno escolar, eventos com este propósito. Não é a magnitude do acontecimento que importa, mas a possibilidade de colocarmos os estudantes em situações em que possam apresentar seus trabalhos, expor suas opiniões com crítica e reflexão. Desta forma a Escola passa a ser um espaço mais dinâmico, ligada às questões do cotidiano e que, certamente, produzirá pessoas mais conectadas com o mundo real.





domingo, 7 de setembro de 2008

Após muita andança pela estrada do conhecimento...Estamos de retorno!
Coordenação do Projeto

Tendo como propósito a investigação da dinâmica colonial do século XVIII, na construção e organização do espaço geográfico brasileiro, nossos pesquisadores construíram projetos de pesquisa e com os pés na estrada lançaram-se rumo à Minas Gerais.

Os Grupos de Trabalho foram organizados em eixos temáticos assim definidos:

Eixo 1: Cotidiano: costumes, conflitos, relações sociais, personagens
Eixo 2: Patrimônio Histórico: memória, preservação, cultura e arte
Eixo 3: Cotidiano: costumes, conflitos, relações sociais, personagens

A produção do projeto de pesquisa contemplou os seguintes elementos: introdução, objetivos, justificativa, metodologia, produto final e referências bibliográficas. Definiu-se como produto final para esta etapa, a construção de um audiovisual.
Antes da realização das atividades de campo, no trabalho pré-campo, desenvolvemos oficinas (Barroco, Fotografia, Chica da Silva) e foram ministrados conteúdos específicos relacionados a história do Brasil, da América Latina e ao conceito de cultura.

De retorno do campo, estudantes e orientadores têm a tarefa da sistematização dos dados coletados (entrevistas, explicações dos guias, filmagens, fotografias), e de acordo com os objetivos definidos produzir o audiovisual.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Rumo às Gerais ...
Coordenação do Projeto
Os sonhos se concretizam, a persistência é fundamental, a esperança nos guia e a luta para concretizá-los embala nossos passos.
Assim estamos indo para as Minas Gerais do século XVIII: São João del-Rei, Tiradentes, Mariana, Congonhas do Campo e Ouro Preto, cidades dos poetas, cidades do ouro, cidades dos gemidos dos que lutaram por um ideal, ou que procuraram safar-se da ganância de Portugal.
Este Projeto tem muitos objetivos: o prazer do conhecimento, de estudarmos a nossa história pisando as mesmas pedras das ruas em que pisaram reis, mineradores que escavaram montanhas e rios, de homens que conspiraram contra a metrópole portuguesa no século XVIII, de escravos que trabalharam até a morte. É como se dividíssemos com eles a responsabilidade de manter viva a memória da nossa história.
Assim, é fundamental que nos preparemos. O olhar que lançamos para um cenário construído há três séculos atrás, merece ser, no mínimo, respeitoso, sem nos preocuparmos em julgar um passado que não vivemos com os nossos valores de hoje, mas, senti-lo dentro de um momento histórico e assim aprendermos.
Preservamos as coisas das quais gostamos com carinho e cuidados. Mas quando preservamos uma cidade inteira, com seus casarios, ruas, paisagens, montanhas é porque sentimos que eles têm algo a nos contar sobre nós mesmos. Sobre a nossa identidade.

PROGRAMAÇÃO - 2008
PROJETO “PÉS NA ESTRADA DO CONHECIMENTO”.

Etapa II: Cidades Históricas- MG

01/09 (segunda-feira)
11h – Concentração no ponto de ônibus do Colégio de Aplicação.
12h – Saída do Colégio de Aplicação/UFSC.

02/09 (terça-feira)
09h – Chegada em Ouro Preto:
Café da manhã;
Centro Histórico de Ouro Preto (I):
Igreja Nossa Senhora do Carmo,
Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Conceição;
Almoço em Ouro Preto;
Igreja Nossa Senhora do Pilar;
Check in na Estalagem – Centro Dom Bosco – www.centrodombosco.com.br
Acomodações – exploração do local;
19h - Jantar
Reunião com coordenadores de GT;
Atividades de recreação programadas pelos monitores;
23h –Horário do descanso

03/09 (quarta-feira)
07h – Café da manhã
08h – Saída do hotel com destino a Mariana
09h – Chegada em Mariana:
Centro Histórico: Catedral da Sé; Igreja São Francisco de Assis; Mina da Passagem;
12h - Almoço em Ouro Preto.
Mina de Ouro - Chico Rei; Casa dos Contos; Igreja Matriz Nossa Senhora do Pillar e São Francisco de Assis; Museu da Inconfidência, Museu de Mineralogia;
Tempo Livre para visitar as feirinhas
Retorno ao Centro Dom Bosco.
20h – Jantar.
Festa a fantasia – tema: “Sobre as riquezas da terra, nasce e sucumbe o século XVIII”.
Meia noite: Horário do descanso .

04/09 (quinta-feira)
07h - Café da manhã
Embarque com destino à Congonhas.
Chegada em Congonhas do Campo:
Visita ao Santuário Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (Passos da paixão de Cristo e os 12 profetas em pedra sabão – de Aleijadinho).
12h - Almoço – Congonhas do Campo.
Embarque com destino à Tiradentes
Chegada no hotel - http://www.candongadaserra.com.br/
Tempo para acomodações;
15h - saída para o centro de Tiradentes - Museu da Casa do Padre Toledo, Chafariz, Igreja Nossa Senhora do Rosário.
19h - Matriz de Santo Antônio (apresentação com show de luzes)
20h - Jantar
Reunião com coordenadores de GT
23h –Horário do descanso

05/09 (sexta-feira)
Café da manhã;
Passeio a pé na região da Estrada Real
11h - Check-out no hotel;
12h - Almoço Centro de Tiradentes;
13h - Partida de Tiradentes a São João de litorina pela Estrada Real;
14h - Visita ao centro Histórico de São João Del Rey.
Visita a fábrica de Estanho;
Jantar
19h – Retorno para Florianópolis.

06/09 (sábado)
13h – Previsão de chegada em Florianópolis.

domingo, 3 de agosto de 2008

A interdisciplinaridade no Projeto Pés na Estrada

Prof. Maria Inêz Probst Lucena [1]

O Projeto Pés na Estrada proporciona aos professores de outras disciplinas, que não estão diretamente envolvidos nessa iniciativa, a oportunidade de desenvolver tarefas significativas, aproveitando os temas desenvolvidos em suas atividades. Na disciplina de Língua Estrangeira (LE), as viagens de estudo servem como um insumo para o desenvolvimento de outros trabalhos que são desenvolvidos antes, durante e depois das viagens e saídas de campo dos alunos.
Assim, o projeto acolhe, professores e alunos de Línguas, uma vez que comporta uma gama de excelentes oportunidades para que - de modo interdisciplinar - possamos desenvolver discussões e reflexões acerca de pensamentos sociais, educacionais, culturais e interculturais no ensino de LE. Nessa perspectiva, várias atividades já foram desenvolvidas na sala de aula de Línguas, sendo a maioria com o grupo das 8as séries.
Apresento, então, ainda que resumidamente, algumas das atividades desenvolvidas nos últimos anos na sala de aula de Inglês com relação ao projeto.

1. Viagem à Minas Gerais:

· Discussão dos aspectos históricos e turísticos das cidades visitadas e elaboração de um texto descritivo, na língua Estrangeira sobre os lugares visitados (ver exemplos dos textos);
· Discussão das diversidades sociais, culturais e econômicas e construção de poemas concretos sobre realidades, descobertas e sensações experimentadas pelos alunos (ver exemplos dos poemas);

2. Viagem aos Assentamentos do Movimento Sem Terra em Fraiburgo (SC):

· Discussões sobre interculturalidade, diversidade cultural, social e econômica no país e criação de poesia sobre a realidade apresentada a eles ( ver exemplos e poesias).
· Estudo comparativo, através de questionário e entrevista, sobre hábitos alimentares das pessoas que vivem no acampamento e em zonas urbanas, cuja conclusão foi que os moradores do campo alimentam- se melhor do que os citadinos.
[1] Professora de Língua Inglesa no Colégio de Aplicação -USFC


ME IN OURO PRETO
Por Nadine Schmidt Borges [2]

I am going to Ouro Preto…
Ouro Preto has an old culture.
I am videotaping old houses, museums, cathedrals, churches...
I am writing a lot.
I am sleeping and dreaming about the beautiful mine.
We are eating on the road inside the bus.
We are going to look to gold stones.
I am taking beautiful and happy pictures.
Very Cool!

Project “Feet on the road of knowledge”

[2] Aluna do Ensino Médio do Colégio de Aplicação – UFSC.


PROJECT Feet on the road of Knowledge:
A trip to OURO PRETO
Por Joana e Mariana [3]

On September 3rd, we took a bus to go to Ouro Preto, in Minas Gerais. We went there to study the colonial age of Brazil. Zé Carlos, Marise, Giselle and Sílvia were the teachers who went with us.
On September 4th, we went to Tiradentes. It is a small, but a beautiful city. There, we visited some churches like San Antonio Church. After that, we went to São João del Rei. We had lunch and we saw some more churches like Nossa Senhora das Mercês Church and San Francisco de Assis Church. In this city, we also visited Tancredo Neves’s house. It is very big and beautiful construction.


On Thursday, we woke up early, but it was raining, so, we decided to go to Mariana and, in the afternoon, we went to Ouro Preto. In Mariana, we visited more churches like São Francisco de Assis Church and Nossa Senhora do Carmo Church. We also saw the Passage Mine. In Ouro Preto, we visited churches and in the evening, we went to the market and we bought a lot of things. Then, we had dinner and went back to the hotel.





On Wednesday, we woke up early, had breakfast and we visited the historic center of Ouro Preto. We visited churches and museum there, like Aleijadinho’s Museum and the Museum of Minerelogy, were we saw very beautiful stones. Returning to the hotel, we had dinner and packed our things because we would go back to Florianópolis next day
On Thursday, we came back to the bus and went to Congonhas. There, we saw Senhor do Bom Jesus Church and “Passos da Paixão de Cristo” made by Aleijadinho.
Its a very popular popular place in Minas Gerais.








After that, we had lunch and went to Belo Horizonte, the capital of Minas Gerais. There, we saw some places like the Mineirão stadium. It is a very big and beatituful city, the capital of Minas.
After that, we returned to the bus and came back to our city. It was a wonderful trip and we never will forget it. The place that we liked mot was the Mine. It had a lot of galleries and 315 meters length and 120 meters of depth. One day, 35 tons of gold was extracted. It was really a wonderful travel.


[3] Ex-alunas do Colégio de Aplicação – UFSC, em 2000 cursavam a 8ª série.


MST
Por Tatiana M. Barbosa e Pedro M. Costa [4]

Poverty...
Misery...
Hungry...
Unhappy...

No money...
No Houses...
No Schools...
No food…

They need justice…
They need work…
They need land…
They need health…

Solution…
Agrarian Reform

[4] Ex-alunos do Colégio de Aplicação – UFSC.


IS THIS TOO MUCH?
Por Carolina Horn [5]

These Landless people
are waiting for real life
They’re waiting to have a home
But why do they have to cry?

They’re people like us
Who fight for land
Why do they have to suffer?
I can not understand

The only thing that they want
is to start a plantation
to have a family
and give their children some education

While you want a big house in the camp
They only want a pice of land
Any tiny place to live
And a land to plant their seeds

DO YOU THINK THAT IT IS TOO MUCH?

[5] Ex-aluna do Colégio de Aplicação – UFSC, em 2000 cursava a 8ª série.




FRAIBURGO: GOOD MOOD AND BRIGHT STARS
Por Kariny G. Afonso [6]

We were happy in Fraiburgo
You should go to Fraiburgo
Healthy food
Vegetables and necessary food
In Fraiburgo there is good mood
The place is beautiful but people suffer.
Even though the stars are brighter.

[6] Aluna do Ensino Médio do Colégio de Aplicação–UFSC, em 2007 cursava a 8ª série.

Atividade de Leitura: "Por um Pedaço de Terra", de Renato Tapajós

Por Tânia Maria Cassel Trott [1]
Uma resenha de um livro é uma forma de escrita persuasiva, uma oportunidade de emitir sua opinião ou sentimento a respeito do livro que tenha lido. Isto pode ser feito de uma forma curta, com um parágrafo apenas, ou em um texto mais longo. Seu primeiro passo para escrever uma resenha de livro é ler com atenção e refletir sobre seu livro. Também é uma boa idéia enquanto estiver lendo fazer anotações para depois lembrar com mais facilidade dos pontos importantes a abordar. A seguir, decida quais pontos vai abordar, por exemplo: o enredo, personagens, cenário, trama ou tema da história e outros elementos da narrativa. Então escreva uma sentença curta e esquemática que sintetize o conteúdo a abordar de cada ponto (cada um será um parágrafo). Esta será a estrutura básica de cada parágrafo. Esteja certo de citar explicitamente o título do livro e o nome do autor em alguma parte de sua resenha. Encerre a resenha com sua opinião, fazendo comentários e críticas sobre o livro, e se recomenda ou não sua leitura a outras pessoas.
Inserir também no seu texto, paralelo entre a leitura realizada (ficção) e a experiência vivida (viagem a Fraiburgo):
- O que observaram?
- O que há de semelhante ou diferente?
- Como são os personagens de uma e outra situação?
- Como Júlio ou vocês reconhecem o espaço urbano e o espaço rural?
- Como foi a experiência para sua vida pessoal?

[1] Professora de Língua Portuguesa do Colégio de Aplicação - UFSC.

Novas experiências, um novo olhar
Lucas Selezio de Souza [2]

As diferentes formas de pensar e agir tornam a sociedade um lugar para se discutir. O livro “Por um pedaço de terra” de Renato Tapajós mostra isso.
A obra literária conta a história de Júlio. Ele é um adolescente que curte rock, gosta de sair com os amigos, é bem normal. Sua vida muda quando surge uma proposta de emprego.
Como precisava de dinheiro para comprar algumas coisas, não dispensou. O trabalho também era uma grande oportunidade para crescer profissionalmente. Ele era fotógrafo e o emprego era trabalhar em sua área para uma revista. A revista do MST.
Talvez, à primeira vista isso pode ter parecido estranho. Para mim, também foi. Não vou dizer que estava com vontade de ir para Fraiburgo, fui por chantagem. Mas hoje, tenho o mesmo pensamento que Júio: as coisas são diferentes.
Com o crescimento no trabalho, Júlio é convidado para ir ao sul do Pará, onde participava de uma passeata. Ele só iria para tirar as fotos. O que sabia fazer muito bem. O que não sabia, era que sua vida iria mudar a partir de agora.
Houve muita confusão. Muitos mortos. Muitos feridos. Júlio se viu em uma floresta, no sul do Pará, no meio do nada. Só ele havia tirado as fotos do massacre, que futuramente o faria famoso.
A realidade em um assentamento é diferente, mas ao mesmo tempo interessante. Quantas diferenças em relação a cidade! É realmente uma experiência que marca. Que nos faz dar mais valor a nossa vida. Que nos mostra como é difícil. As pessoas esperam anos até a terra ser realmente sua. Quando as famílias são assentadas é aí que a luta verdadeiramente começa.
Agora, Júlio estava em um dos momentos mais difíceis de sua vida. Tudo passava pela sua cabeça, inclusive sua história. Aquela que ele havia deixado em São Paulo, sua terra.
No fim, tudo ocorre bem. E quando li essa parte do livro, fiquei bem intrigado...A mídia brasileira critica tanto o MST, e naquela hora todas as atenções estavam voltada para um acontecimento que tinha acabado com dezenas de sem-terra.
Não achei muito conveniente, por parte do autor, colocar Júlio no centro das atenções. Ele ficou aborrecido por ser isso. Vi que a imagem dele havia mudado. Que a imagem que tinha era a que todos viam, não a que ele era.
Gostei do final: ele percebeu que era diferente. Que não podia ficar com Marcela ou com Rosa, mas sim com Bia, que estava na sua mesma realidade. Percebeu que o medo que o cercava havia sumido, que agora teria coragem de enfrentar as coisas sozinho.
Me vi na pele de Júlio. Pude ver a verdadeira realidade do MST. Pude fazer amizades. Pude aprender coisas que nunca imaginei. Que são pessoas iguais a nós. Que compartilham de uma luta, e só querem ter um futuro melhor. Mais justo.
A leitura me deu uma breve introdução de como poderia ser Fraiburgo. Era bem diferente do que eu pensava. A viagem e o livro me transmitiram uma importante mensagem: aceitar as pessoas como são. Não pelo que têm, mas pelo que são realmente. Mudando as pessoas, mudaremos o mundo. Talvez assim faremos um futuro melhor, mais digno.

[2] Aluno da 8ª série B, 2008, do Colégio de Aplicação- UFSC.



Avaliando aspectos
Por Cristiane C.Ventura [3]

A história do Livro “Por um pedaço de terra” de Renato Tapajós se passa ora em São Paulo, ora no sul do Pará...enfim, em diferentes lugares.
O autor fez um bom uso dos recursos para criar esta narrativa. Um bom exemplo é o suspense...Ele soube usar esse elemento na medida certa, nem em poucas partes, mas também não de um modo exagerado.
A estrutura que Renato escolheu para esta história, não foi linear, ou seja, relatando acontecimentos ora no presente, ora no passado.
Outro elemento que foi bastante usufruído, foi o número de personagens.
A narrativa deste livro gira em torno de Júlio (o personagem principal). Júlio é um adolescente de classe média, que mora em São Paulo com seus pais.
No decorrer da história ele consegue um emprego de fotógrafo para poder comprar: uma bicicleta, um pedal para sua guitarra e um laboratório para revelar suas próprias fotos.
Com esse emprego ele acaba se envolvendo em um perigoso conflito do Movimento Sem Terra (MST), no sul do Pará, em meio a floresta amazônica. Através deste conflito
Júlio vive momentos tensos e emocionantes, onde sua própria vida está em jogo.
Eu, particularmente gostei do livro, não só pela trama, mas também pelo conteúdo que ele possui sobre a organização de acampamentos e assentamentos do MST. Confesso que jamais imaginei que houvesse tamanha organização, pois o que a mídia nos transmite é justamente o oposto.
Também tive a oportunidade de constatar isso através da viagem que nós, as oitavas séries, do Colégio de Aplicação, realizamos no dia 5 de junho para Fraiburgo.
Lá vimos que as pessoas que lá habitam possuem tecnologia; educação; que cada família tem seu espaço para plantar...Enfim...Uma infinidade de coisas que a mídia, por algum motivo, faz questão de distorcer ou omitir.
Admito que antes da viagem, tinha uma opinião equivocada sobre os assentamentos, pois, assim como todas as outras pessoas da cidade, sou influenciada fortemente pela mídia.
Bem, concluo que aprendi muito, tanto com a viagem quanto com o livro. Ambas foram experiências divertidas e valiosas.

[3] Aluna da 8ª série C, 2008, do Colégio de Aplicação- UFSC.


O campo e a cidade
Por Anayara S. Rovaris [4]


O livro que lemos este mês foi o livro Por um Pedaço de Terra de Renato Tapajós. O livro trata da história do menino paulista, Júlio, de dezessete anos, que adora fotografar, e que não tem, muito dinheiro porém vive bem. Com a ajuda de seu pai, Júlio consegue um emprego como fotógrafo em uma revista do MST e vai vivenciar a realidade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A partir disso ele acaba participando de passeatas, e manifestações no Pará e na floresta Amazônica.
Com essa experiência que Júlio passa, ele acaba tendo uma outra visão, sobre a realidade do movimento. E vê como ocorrem os conflitos, como é a organização, e o porque da luta do MST pela reforma agrária.
Essa vivência que Júlio teve é muito semelhante com a experiência que tivemos lá no assentamento União da Vitória, em Fraiburgo, porque nós saímos de um meio urbano para ir á um meio rural, de onde nos foram passadas muitas informações diferentes do que foi dito pela mídia e que com o que foi dito pelos professores nos dá um paralelo.
A partir desta visita tivemos uma compreensão muito maior sobre a problemática da posse da terra no Brasil.
E acho que foi o que Júlio também percebeu, porque para nós que não vivenciamos e somente recebemos informações de um lado, é muito complicado, pois são cotidianos diferentes. Muitas vezes questionamos sem ter um conhecimento geral, sem saber o que os dois lados dizem.
Por esses motivos é que eu achei muito interessante essa leitura, porque dá uma visão geral, Júlio teve as duas informações, aprendeu com tudo o que vivenciou e de certa forma foi o que aconteceu conosco.
Tanto a experiência da leitura, quanto a viagem me deram outra compreensão do que realmente acontece em nosso país.
Nós do meio urbano, temos a tendência de não darmos muito valor ao que possuímos, e lá não, tudo o que possuem é muitas vezes conseguido com muito esforço e sacrifício. Aquela terra é muito valorizada, e eu acho que isso é muito importante porque o que nós não lutamos, outros lutaram.
Eu indico essa leitura e espero que as pessoas que lerem este livro possam tirar uma mensagem para a vida, assim como eu tirei.

[4] Aluna da 8ª série A, 2008, do Colégio de Aplicação- UFSC.


domingo, 27 de julho de 2008

MUSEU: memórias, lembranças, passado e presente
José Carlos da Silveira [1]


De acordo com a mitologia grega, da união de Gaia – a Terra mãe, com Urano – o Céu, nasceram muitos filhos. Dentre eles nasceu Memória (Mnemosyne). Esta por sua vez, casando-se com Zeus, teve 9 filhas, as Musas. Cada uma delas detém um pouco do conhecimento do mundo:


- Calíope: Poesia épica
- Clio: História
- Erato: Poesia lírica
- Euterpe: Música
- Melpômene: Tragédia
- Polímnia: Música cerimonial
- Tália: Comédia
- Terpsícore: Dança e
- Urânia: Astronomia

Onde moram as Musas? É num museu que vivem as filhas da Memória. “É a casa do conhecimento, das recordações e das lembranças, um lugar de sonhos. Mas, antes de tudo, é a casa da cultura que está presente em nossos valores, em nossos corpos, na língua que falamos. É um lugar onde o tempo passado se une ao tempo presente para tecer a nossa história, a história da nossa família, da nossa cidade, do nosso povo e da humanidade” (SECCO, 2008, p. 11).


O MUSEU DO JAGUNÇO

Já comentamos em outras postagens que nosso foco de discussão, durante o primeiro trimestre, se daria em torno de questões relacionadas a luta apela posse da terra no Brasil. Acompanhamos parte da rotina de um Assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, no município de Fraiburgo (SC). Neste estudo de campo, tivemos a oportunidade de conhecer o Museu do Jagunço, que fica em Taquaruçú, um distrito do referido município. Lá pisamos no solo que no início do século XX, serviu de palco para uma das mais sangrentas batalhas da Guerra do Contestado – a Revolta do Taquaruçú.

A guerra do contestado, em linhas gerais, foi resultante de questões relacionadas a disputa de terras entre Paraná e Santa Catarina (oeste catarinense); a construção da estrada de ferro São Paulo - Rio Grande, com conseqüente expulsão de moradores da região; e, elementos da religiosidade local.


Personagens da Luta:












A tranqüilidade de hoje e o verde da paisagem local escondem um museu ao ar livre. Estar em Taquaruçú é entrar na “morada das musas” que vão nos revelando o passado a medida em que vamos observando as trincheiras, os restos de artefatos bélicos e com algum esforço os gritos e clamores da população e dos soldados no conflito.






Instrumentos de ataque e defesa:





















Referências:
1- AURAS, Marli. Guerra do Contestado – a organização da irmandade cabocla. 3ª. Ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2001.
2- MACHADO, Paulo Pinheiro. A Guerra Santa revisitada: novos estudos sobre o movimento do Contestado. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008.
3- MACHADO, Paulo Pinheiro. Lideranças do Contestado: a formação e a atuação das chefias caboclas (1912-1916). Campinas: Editora da Unicamp, 2004.
4- SECCO, Patrícia Engel. Aventuras da Memória. Ed. Boa Companhia, 2008.



[1] Professor de Geografia do Colégio e Aplicação - UFSC

domingo, 20 de julho de 2008

O trabalho interdisciplinar via pesquisa de campo
Como definir a expressão “pesquisa de campo”? Prática pedagógica desenvolvida desde a educação infantil até a pós-graduação, nem sempre é devidamente refletida, sobre seu significado e eficácia na aprendizagem, por parte dos profissionais que se utilizam dela para o desenvolvimento do seu trabalho – os professores.

Conhecida na educação básica como “passeios de estudos” ou “viagem de estudos”, principalmente na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, tem nos cursos de graduação e pós-graduação o uso corrente a expressão “trabalho de campo” ou “saídas de campo”. Independente da denominação dada percebe-se ser a mesma atividade, porém aplicada a níveis de ensino diferenciados e com objetivos distintos.

A prática da pesquisa de campo, é compreendida, em geral, como uma atividade que “representa uma possibilidade concreta de contato direto entre pesquisador e realidade estudada, o que permite a apreensão de aspectos dificilmente vislumbrados através somente do trabalho em gabinete [atividades de reflexão, leitura e redação]” (CRUZ, 1997, p. 93). Tal expressão quando utilizada no ensino fundamental, nosso ponto de interesse, também deve ser entendida, a nosso ver, com este significado. Como já nos referimos, é marcada por especificidades inerentes ao nível de escolaridade, já que tem objetivos de formação específicos e trabalha com um grupo discente com características particulares.

Considerando ainda as reflexões apontadas por Cruz (1997), destacamos que a pesquisa de campo, não só no ensino superior como também na educação básica constitui atividade fundamental na formação dos estudantes, pois, há de se avaliar o caráter dinâmico da realidade. Muitas produções teóricas, como os livros didáticos, são rapidamente superadas, pois não conseguem acompanhar o intenso movimento das mudanças sociais, políticas, econômicas, ambientais, etc. A autora destaca ainda que “a visão que sem tem de um dado fenômeno ou espaço estudado é sempre carregada de uma certa carga de subjetividade, fruto do contexto sócio-cultural, histórico, econômico, político, religioso em que se insere o observador”, desta forma poder analisar pessoalmente tal aspecto da realidade possibilita a produção de um novo olhar; a produção de uma nova reflexão.


A interdisciplinaridade......ao caminhar

Considerando que o fazer da pesquisa de campo se dá sobre porções do real, vislumbramos a necessidade do olhar interdisciplinar para que esta determinada realidade possa ser compreendida de forma mais abrangente possível. De acordo com Santomé (1998, p. 55) “uma disciplina é uma maneira de organizar e delimitar um território de trabalho, de concentrar a pesquisa e as experiências dentro de um determinado ângulo de visão. Daí que cada disciplina nos oferece uma imagem particular da realidade, isto é, daquela parte que entra no ângulo de seu objetivo”.

Desta forma, a opção pelo trabalho interdisciplinar, independentemente do nível escolar discente, possibilita ao estudante elementos que o auxiliam para a compreensão do mundo que o cerca sem o olhar tão setorizado, mais reflexivo e crítico. Não estamos negando a eficácia, para determinados trabalhos, da análise particular de uma disciplina ou ciência, antes, mostramos a necessidade de ampliar o olhar para melhor conhecer. Para Santomé (1998, p. 44), a “complexidade do mundo e da cultura atual leva a desentranhar os problemas com múltiplas lentes, tantas como as áreas do conhecimento existentes”.

Associado a esta compreensão do trabalho de campo, é de fundamental importância resgatar a concepção de pesquisa que estamos trabalhando. Considerando que temos como proposta a formação, no ensino fundamental, de uma “educação para a pesquisa”, buscamos como afirma Bagno (1998, p. 17), “passar em revista o conceito mesmo de pesquisa”. Explorando esta idéia, o autor em sua análise resgata a origem latina do termo, perquiro, que “significava procurar; buscar com cuidado; procurar por toda a parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem, aprofundar na busca”. Bagno chama atenção para o fato de que “os significados desse verbo em latim insistem na idéia de uma busca feita com cuidado e profundidade”, situação, a nosso ver, bem diferente do que ocorre nas escolas, onde os “trabalhos de pesquisa” apelam para a superficialidade, muitas vezes centrados na cópia, sem qualquer preocupação ética com a produção acadêmica dos autores e com a produção do conhecimento.

Referências:
1- BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola – o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1998.
2- CRUZ, Rita de Cássia Ariza da. Os caminhos da pesquisa de campo em geografia. Revista Geousp, 1997, nº 1.
3- SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas,1998.

terça-feira, 15 de julho de 2008

O Trabalho de Campo no Ensino Fundamental

Manoel Pereira Rego Teixeira dos Santos [1]
José Carlos da Silveira [2]

As “saídas de campo” constituem um elemento da dinâmica pedagógica que promove o deslocamento do espaço físico da sala de aula, para um ambiente externo a ela, possibilitando, a estudantes e professores, o contato direto com as muitas dimensões das realidades que os cercam. Também conhecida por “estudo do meio” ou “viagens de estudos”, tal recurso é marcado pelo movimento em direção ao conhecimento [...].
A construção de objetivos, a preparação teórica do grupo docente e discente, o trabalho de planejamento e motivação, constituem elementos essenciais para esta modalidade de ação pedagógica [...].
A escala de ação do trabalho é algo a ser definida a parir das necessidades e condições do ambiente escolar: a rua da escola, o bairro onde mora o estudante, a praia mais próxima, o assentamento agrícola, o centro da cidade, o museu, e tantos outros, configuram-se como espaços, por excelência, para a prática da pesquisa orientada.Uma máquina fotográfica ou filmadora, uma prancheta ou um bloco de notas, de sandálias ou de tênis, o importante é trilhar a estrada do conhecimento.
[1] Professor, doutorando em História - UFSC.
[2] Professor de Geografia do Colégio de Aplicação -UFSC

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Planejamento, execução e revisão do texto

Tânia Mara Cassel Trott [1]

Elaborar um texto dissertativo-argumentativo capaz de obter êxito desejado, exige que o autor selecione muito bem os “fios” textuais e os “teça” com esmero. Daí a importância do investimento de tempo e disposição para projetar, fazer, reprojetar e refazer. Recomendamos esses procedimentos:

1. Decida sobre qual assunto irá argumentar dentre as linhas de pesquisa apresentadas e relacionado com a temática: a luta pela posse da terra. O Objetivo da produção é expor argumentos convincentes sobre o assunto selecionado para levar o leitor a crer no ponto de vista que você defende. Aproprie-se de argumentos que dêem sustentação para sua defesa. Para isso, é fundamental a pesquisa em livros, revistas, jornais, Internet...e a busca de informações com pessoas competentes no assunto (argumento de autoridade). Só pare esta coleta de argumentos quando tiver a certeza de que já possui dados suficientes para uma sólida argumentação.
2. Monte um plano inicial, com base das respostas obtidas a partir da reflexão sobre aspectos importantes do texto: Como expressará inicialmente o ponto de vista adotado sobre o assunto? Quais argumentos serão utilizados e em que seqüência aparecerão? Como concluirá o texto? Que posição vou assumir diante do assunto (favorável ou contra)? Que pessoa gramatical será empregada (1ª ou 3ª)? Que estilo prevalecerá (formal ou informal)?
3. Desenvolva suas anotações para obter o rascunho. Organize, com coerência e clareza, as idéias nos parágrafos. Coloque um título expressivo e que tenha relação com o texto.
4. Lance um olhar crítico sobre o rascunho, tentando fazer o papel do leitor que receberá o texto, ainda há tempo para melhorá-lo. Faça as seguintes perguntas:

- Meu texto defende clara e coerentemente um ponto de vista sobre o assunto que escolhi?
- Sustentei meu posicionamento com argumentos convincentes, boa seleção e estratégias argumentativas?
- Distribuí as idéias e os parágrafos numa seqüência lógica e de forma a facilitar a compreensão?
- Organizei adequadamente as informações e os parágrafos evitando confusão no seu entendimento?
- Usei uma linguagem adequada ao gênero textual e ao leitor?
5. Por definição, o ensaio não tem uma estrutura predefinida. Basta-lhe que, tal como recomenda o bom senso, tenha princípio (introdução), meio (exposição e argumentação) e fim (conclusão).
[1] Professora de Língua Portuguesa do Colégio de Aplicação/UFSC

Produção Textual Escrita: Ensaio Escolar

Tânia Mara Cassel Trott[1]

O ensaio escolar é um gênero textual no qual você pode expressar, de maneira consciente e crítica, seus posicionamentos em relação aos mais variados assuntos.
As pessoas tentam nos convencer, constantemente, de que a opinião delas sobre determinados assuntos merece crédito, e nós procuramos demonstrar para elas que o nosso ponto de vista a respeito desses assuntos também tem fundamentos consistentes.
A busca de progresso na produção de textos argumentativos deve ser um dos nossos objetivos dentro e fora da escola. Você produzirá seu texto, contendo uma reflexão particular e fundamentada sobre o assunto, objetivando levar o leitor a aderir ao ponto de vista defendido. Nesta proposta de elaboração textual, você vai escrever um ensaio escolar: texto argumentativo produzido em situação escolar.
O ensaio é um texto que expõe idéias, se dedica à reflexão crítica, mas ao mesmo tempo compartilha com a arte da possibilidade autonomia estética. Ele assume a forma livre sem um estilo definido. Sua natureza supõe diálogo, sua escritura supõe leitura.
Ensaios são simples opiniões, são tentativas de escritas. A cordialidade, a abertura, a polêmica são marcas da escritura ensaística.
Consiste na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, etc.), com um objetivo de apresentar e defender uma idéia.
Chama-se ensaio à representação de uma peça de teatro, antes de sua estréia perante o público, com o objetivo de verificar se tudo está como deve ser, do mesmo modo, muitos artistas plásticos chamam ensaio a determinadas fases, parciais ou de conjunto, das respectivas obras, antes de se considerarem prontas para a exposição.
O ensaísta utiliza a sua liberdade individual e se baseia na reflexão que faz sobre as matérias de que se trata, para sobre elas constituir um pensamento original.
No fundo, o ensaio representa sempre, seja qual for a matéria que verse, um ajuste de contas entre o conhecimento já detido pelo autor e aquilo que ele pretende conhecer.
[1] - Professora de Lingua Portuguesa do Colégio de Aplicação/UFSC

domingo, 22 de junho de 2008

Momentos do Trabaho de Campo III

Momento Cultural: quando dimensões do rural e do urbano se encontram














Momentos do Trabalho de Campo II

Hora de refazer as energias
















Momentos do Trabalho de Campo I


Caminhando e conhecendo as propriedades: construindo conhecimento ao caminhar












A Escola 25 de Maio




A Escola 25 de Maio iniciou suas atividades em 1988. Em 1999, quando realizamos nossa primeira viagem à região, a Escola possuia apenas duas salas de aulas, atendendo ao Ensino Fundamental. Passados quase dez anos, a luta pelo acesso a educação possibilitou a criação do Ensino Médio (Curso Ténico em Agroecologia), a ampliação do número de salas de aulas, a construção da biblioteca e outras melhorias, mudando o cenário até então existente. A frente da Escola está a professora Naira Estela Roesler Mohr, professora, Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina.

O nome da Escola, nos remete a primeira grande ocupação de terras que aconteceu em Santa Catarima, no município de Abelardo Luz, em 25 de maio de 1985. Desta ocupação, várias famílias de pequenos agricultores foram beneficiadas com propriedades em várias localidades do Estado. Em Fraiburgo muitas dessas famílias organizaram-se em Assentamentos. Os Assentamentos União da Vitória e Vitória da Conquista, são exemplos deste processo. Como a educação tem uma destaque vital na organização dos assentados, a escola, recebeu a denominação de "25 de Maio" em função desta data tão marcante para esta população.



Nossas questões de pesquisa




Como bons pesquisadores foi necessário realizarmos projetos de pesquisa. Os grupos de trabalho (GT) escolheram a temática de interesse da equipe e planejaram os momento necessários à pesquisa. Os eixos temáticos, definidos pelos professores, possibilitaram aos estudantes encontrar suas áreas de interesse:




EIXO 1 - Posse da terra e luta: Conflitos, manifestações, processos históricos.

- As ocupações de terras pelos movimentos sociais.
- Desapropriação de terra e conflitos.
- Problemática da terra, Contestado e Canudos: semelhanças e diferenças.
- O Estado e os limites da luta camponesa
- Latifúndios em Santa Catarina
- Origens dos latifúndios no país
- Estratégias contra a organização pela posse da terra.



EIXO 2 - Personagem e contexto : lideranças, estratégias de luta e formas de ocupação do solo

- O papel das mulheres na conquista da terra
- Os jovens e as crianças no meio rural
- Quilombolas: à margem do processo da conquista da terra
- Possseiros: à margem do processo da conquista da terra
- Personagens importantes na luta pela posse de terra: biobibliografia da luta pela posse da terra
- Indígenas: à margem do processo da conquista da terra
- Pequenos agricultores: à margem do processo da conquista da terra
- Trabalho escravo no campo brasileiro
- Agricultura de subsistência: dificuldades e possibilidades
- Agricultura comercial: a estratégia do agronegócio.




EIXO 3 - Movimentos sociais ligados à terra: perfil, planos de ações, legislação, organização social, preocupações ambientais.

- Movimentos sociais ligados ao campo X mídia
- Acampamentos e assentamentos: formas de organização
- Movimentos sociais ligados a terra no Brasil
- Movimentos sociais ligados a terra na América Latina
- A Legislação e a organização dos movimentos sociais: Até onde é possível lutar.
- Questão ambiental: desenvolvimento sustentável